Lá na Bélgica, terra do quadrinista Hergé, existe um museu sensacional para o personagem Tintim, que é praticamente um patrimônio nacional. E existem vários casos do tipo pelo mundo. Porém, aqui no Brasil, não temos nada parecido para o grande Mauricio de Sousa ou para a Turma da Mônica. Até o Parque da Mônica foi fechado. Mas isso pode mudar em breve.
De acordo com o jornalista Marcelo Duarte, a Mauricio de Sousa Produções está negociando a criação do Museu da Turma da Mônica em plena Av. Paulista, um dos mais importantes endereços do Brasil. A intenção é utilizar o mais antigo casarão da avenida, a Residência Joaquim Franco de Melo, como sede do museu.
Se você não é de São Paulo, aqui vai uma contextualização: há mais de cem anos, a Paulista era ocupada pelos barões de café e era cheia de casarões. Com o tempo, eles foram virando cortiços e, mais tarde, sendo demolidos para a construção dos grandes prédios que hoje ficam na avenida. Alguns sobreviveram, como é o caso dessa mansão, que está semiabandonada. Às vezes o espaço é usado para eventos ou para uma concorrida feira de adoção de animais. Reformar o local e criar um museu ali seria sensacional. Sendo para o Mauricio, então, melhor ainda.
Residência Joaquim Franco de Mello
Mas nem tudo é fácil. A casa é tombada e é um patrimônio da cidade. Por isso, precisa ser restaurada – o que é melhor, já que preserva a nossa cultura, mas não é algo muito barato para se fazer. Sem contar que todo o acervo do Mauricio, que compreende inúmeros desenhos originais, 15 esculturas e 100 pinturas, não cabe nos 35 cômodos da casa, obrigando a construção de um anexo ao lado.
Por conta disso tudo, o orçamento estimado para que o museu fique pronto é de R$ 100 milhões. Para tocar o projeto, a MSP precisa de patrocinadores – e ninguém se interessou até agora.
PÔ! Assim fica difícil! Cadê as grandes empresas desse País?
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